Região
Trofa pede intervenção da APA para erradicar praga de jacintos de água no Rio Ave
Contactada, a Câmara Municipal da Trofa esclareceu agora que tem “conhecimento da situação”, tendo já solicitado a intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O verde intenso que cobre parte do leito do Rio Ave, junto ao passadiço do Parque das Azenhas, volta a denunciar um problema ambiental recorrente: a proliferação de jacintos-de-água, uma planta invasora que ameaça a biodiversidade, prejudica a qualidade da água e dificulta atividades como a irrigação e a pesca.
Depois de já ter sido registada noutros anos, a situação repete-se em 2025, confirmando a dificuldade de erradicação desta espécie originária da América do Sul. Apesar de estar proibida em Portugal desde 1974 e integrar, desde 2019, a lista de espécies invasoras de especial preocupação da União Europeia, continua a expandir-se nos rios portugueses.
Contactada, a Câmara Municipal da Trofa esclareceu agora que tem “conhecimento da situação”, tendo já solicitado a intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), entidade “com competências técnicas específicas nesta área”.
Segundo a autarquia, “esta problemática tem vindo a alastrar-se em diversos cursos de água, de norte a sul do país, apresentando maior expressão no período estival, em virtude da diminuição do caudal dos rios”.
A estratégia de resposta, acrescenta a Câmara, não pode ser isolada: “Atendendo à dificuldade de erradicação da espécie, a estratégia de mitigação da sua proliferação e dos impactos associados tem obrigatoriamente que ser articulada com a APA”.
A autarquia sublinha ainda que a dimensão do problema obriga a soluções conjuntas: “Esta erradicação tem que ser efetuada de forma intermunicipal, uma vez que esta questão ambiental não se circunscreve a fronteiras administrativas. Neste caso, a margem direita do Ave é território de Vila Nova de Famalicão”.
Também a Câmara Municipal de Vila do Conde já se tinha mostrado preocupada com os “custos económicos” associados ao arrastamento de grandes quantidades da planta para as praias, defendendo uma resposta que envolva não apenas os municípios, mas também a APA, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a Autoridade Marítima, a Área Metropolitana do Porto, a Comunidade Intermunicipal do Ave e a comunidade científica.