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Trofa acolheu o maior evento nacional das associações de pais

A Trofa foi, a 14 de junho, palco do 3.º Congresso da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), um momento que reuniu representantes de federações de todo o país para discutir os principais desafios da comunidade educativa em Portugal.

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A Trofa foi, a 14 de junho, palco do 3.º Congresso da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), um momento que reuniu representantes de federações de todo o país para discutir os principais desafios da comunidade educativa em Portugal.

A escolha do concelho para receber o congresso não foi por acaso. Mariana Carvalho, presidente da CONFAP, explicou que, após a realização da assembleia-geral em Águeda, no final de maio, foi decidido “em colaboração com a FAPTrofa (Federação das Associações de Pais da Trofa), sermos aqui recebidos e acolhidos para a realização do congresso”. Um reconhecimento da ligação estreita entre a estrutura nacional e a federação concelhia trofense.
Durante o congresso, foram debatidos temas considerados estruturantes para a escola pública, como a saúde escolar, o peso das mochilas, o uso de tecnologias, a integração de alunos imigrantes e o papel dos assistentes operacionais. Mariana Carvalho destacou que o evento “é um momento de ouvirmos as federações e os seus delegados, e de ouvir aqueles que são os anseios e as expectativas”. Defendeu ainda que a escola deve formar não apenas bons alunos, mas também “excelentes seres humanos”, reforçando a importância de valorizar a saúde mental e emocional de toda a comunidade educativa: “Vivemos tempos de intolerância e guerras, e aquilo que vemos e vivemos na vida reflete-se na escola”.

Um dos temas que mereceu particular atenção foi o impacto da descentralização de competências da Educação para os municípios. “Não criam equidade, de facto, e há desigualdades que nós temos verificado”, alertou Mariana Carvalho, sublinhando que há concelhos que conseguem reforçar os meios nas escolas e outros que não têm essa capacidade, o que “cria discrepâncias” no território.

Na mesma linha, Duarte Araújo, presidente da FAPTrofa, defendeu que “a qualidade deve ser transversal a todo o território e isso não está a acontecer”. Admitiu que, no caso da Trofa, a experiência tem sido positiva: “Já vem de alguns anos aqui uma dinâmica crescente com muitas parcerias. Quando há alguma dificuldade batemos à porta, sabemos onde devemos ir, e isso tem sido positivo”. Contudo, alertou que noutras regiões, com menor densidade populacional e mais dispersão territorial, as autarquias não conseguem dar resposta às necessidades.

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A FAPTrofa aproveitou o congresso para apresentar duas moções: uma sobre o papel das associações de pais nas escolas e outra centrada nas aprendizagens. “Achamos que as associações têm um papel importante de apoio à comunidade educativa, não se sobrepondo a ninguém, mas estando a apoiar aquilo que deve ser uma escola do futuro e o ensino de qualidade”, destacou Duarte Araújo.

O dirigente sublinhou ainda a importância de o congresso ter decorrido na Trofa: “É o reconhecimento daquilo que temos feito em prol das associações de pais e das crianças. Foi fantástico termos cá o maior evento nacional das associações de pais e estamos satisfeitos com o resultado final”.

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