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Edição 545

Tristes opções políticas do executivo da Câmara!

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Publicado

em

João Pedro Costa

As opções políticas dos executivos em geral e a permanente boa gestão dos dinheiros públicos refletem-se diretamente no bem-estar das populações e deixam alicerces para as gerações vindouras, permitindo que o futuro não passe apenas pela Trofa, mas resolva ficar.

Falo-lhes agora de dinheiro, muito dinheiro, muito dele vindo diretamente dos bolsos dos trofenses que vivem em igual clima de austeridade que o país atravessa, mas cujo castigo ainda se tornou maior por falta de juízo que endividou o município entre os anos de 1998-2008 (cerca de 60 milhões de euros), e de todos os que a ele não se opuseram.

No presente, o rumo não está diferente! O clube de futebol da nossa terra, o Clube Desportivo Trofense, foi estranhamente contemplado em 2014, com um chorudo subsídio de 135.000€. Segundo cita o documento assinado, uma parte dessa verba, 75.000€, foi para atividades regulares das camadas jovens, não se percebendo muito bem para quê, porque os pais dos atletas pagam uma avença mensal para a formação dos seus filhos, a que se somou ainda mais 60.000€ para o aumento dos balneários, criação e apetrechamento de sala de estudos, no complexo de Paradela, que ninguém sabe muito bem onde estão!

Qualquer trofense minimamente esclarecido (não é preciso pertencer a um executivo de Câmara) duvidaria do interesse desta aplicação de dinheiros públicos, e da invocação de “interesse público” já que o CD Trofense viu-se a braços com um passivo de 6 milhões e 750 mil euros, do qual pedindo perdão aos credores através de um plano especial de revitalização (PER), lhe foi perdoado 60% das suas dívidas, mas que, mesmo assim, permaneceu um passivo de cerca de 2,7 milhões de euros, o que o colocava numa situação de “fechar portas” a qualquer momento!

Globalmente, no ano de 2014, foram entregues pela Câmara Municipal da Trofa a associações de cariz cultural, desportivo e recreativo de todo o concelho, cerca de 190.000€, desconhecendo-se qual o critério que esteve na base destas deliberações camarárias, em especial no que concerne à representatividade (equilíbrio entre freguesias, número de associados, atividades desenvolvidas, etc.) que justifique 70% da verba para um clube de futebol, enquanto as restantes associações juvenis, desportivas, recreativas, etnográfica, ambientalistas, etc., fossem apenas “merecedoras” dos restantes 30% (55.000€).

O ano de 2015 trouxe novidades a este processo, em primeiro lugar porque de facto o CD Trofense continuou a incumprir, não só com jogadores de futebol, facto que normalmente vem logo a público dando um péssimo nome à Trofa, mas também, percebe-se agora, incumpre com o Estado! Nada que não fosse espectável, porque as dificuldades para os gestores deste projeto eram megalómanas, dada a dimensão do passivo herdado, mas o tardar da celebração de novo Contrato Programa de Desenvolvimento Desportivo “2015” entre a Câmara Municipal da Trofa e o CD Trofense, quando já só faltam dois meses para terminar o ano, vem dar-me razão. Apenas passados uns meses desde a data da celebração do protocolo em 17 de julho de 2014, e 2015, OS CAMINHOS LEGAIS ESTÃO COMPLETAMENTE FECHADOS…!

Confirma-se assim o que premeditei quando assisti à triste opção política do executivo – O QUE APARENTEMENTE NÃO CONFIGURAVA INTERESSE PÚBLICO, PODERÁ ESTAR EM VÉSPERAS DE SE CONFIRMAR…

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