Edição 510
Terrorismo financeiro


Os números estão em constante actualização mas, segundo a Euronews, estamos a falar de um montante superior a 180 mil milhões de euros, valor que daria para pagar duas vezes o resgate financeiro a que Portugal foi sujeito (78 mil milhões) e ainda sobraria para pagar todos os estádios do Euro2004 (665 milhões de euros) 36 vezes. Através do esquema agora denunciado, que envolve paraísos fiscais e outros estratagemas obscuros, este valor saiu dos países de origem sem pagar um cêntimo de impostos.
Entre os clientes do HSBC que alinharam neste conluio, contam-se políticos, atletas de alta competição, empresários, membros de famílias reais, estrelas de Hollywood e até personalidades associadas ao tráfico de armas e de droga. Multimilionários sem qualquer tipo de problemas financeiros que justificassem esta monstruosidade. Pura ganância.
Como não poderia deixar de ser, Portugal está “representado” neste golpe com uns “humildes” 858 milhões de euros. Entre os nomes revelados até ao momento, destaca-se o de Américo Amorim (5,2 M€) e duas empresas com a chancela Espírito Santo – ESAF SGPS e ESAF Asset Management – que juntas aplicaram cerca de 310 milhões de euros neste esquema. Tenham este dado em consideração quando a factura do afundamento do universo Espírito Santo começar a sair do vosso bolso.
Enquanto escrevo estas linhas, as televisões dão conta dos resultados operacionais da CGD no ano de 2014: -348 milhões de euros, resultado para o qual a exposição ao Grupo Espírito Santo foi um dos factores decisivos. Para os mais distraídos, é sempre bom relembrar que a CGD é um banco público, logo propriedade de todos. Se apresenta prejuízo, trata-se de um prejuízo de todos. Se parte desse prejuízo diz respeito a um banco gerido por autênticos mercenários financeiros, todos em liberdade e confortavelmente instalados nas suas mansões na Comporta, talvez esteja na hora de nos questionarmos seriamente sobre as prioridades de um país onde há pessoas a morrer nas urgências dos hospitais porque o SNS não tem recursos para dar resposta às suas necessidades.
Na selva desregulada que o actual regime neoliberal nos vem impondo, a única lei que impera é a do mais forte. Num dia obtêm-se lucros magníficos, imediatamente distribuídos pelos accionistas, no dia seguinte assistimos à implosão de instituições bancárias que acabam por ser resgatadas pelo dinheiro dos nossos impostos. E os responsáveis por estes atentados seguem com as suas vidas sem que um cêntimo lhes seja subtraído até porque, quando a bolha rebenta, estes terroristas nunca têm bens em seu nome. Em 2014, o BES desintegrou-se, CGD (-348 milhões de euros, BPI (-161,6 milhões de euros) e BCP (-217,9 milhões de euros) registaram prejuízos significativos e a conta do BPN não parou de aumentar. Enquanto isso, o desespero invade comissões parlamentares. Até quando seremos vítimas do terrorismo financeiro?
Edição 510
“Variante Inviável” e a “Circular” que não circular…


Com a carga de cepticismo que muitos Trofenses detêm relativamente ao investimento público na Trofa, fui a esta sessão na expectativa de conhecer a solução para o problema que ao longo do tempo (duas décadas) sofreu sucessivos avanços e recuos, que extravasam as cores partidárias. Mas se a solução estava encontrada, IMPORTAVA ANTES DE MAIS CONHECÊ-LA, PORQUE, PARA BEM DA TROFA, A CONCRETIZAÇÃO DA OBRA É NECESSÁRIA.
Mas, se acredito existir algum consenso quanto ao facto desta “circular” poder melhorar a situação do caos rodoviário na Trofa, criando um eixo alternativo, já apresento fortes reservas que esta seja a solução ansiada pelos Trofenses.
Ora vejamos:
1º. A “circular” que no dicionário será “Que tem forma de círculo; Cercar; Circundar” é tudo menos uma circular. “Um Eixo alternativo a EN14”, referiu o Presidente das Estradas de Portugal (EP), mais coerente a meu ver, mas que fundamentalmente é uma via de eixo simples, que abandona saídas desniveladas similares às vias rápidas, e desagua em rotundas iguais ao nosso tão desesperante “Catulo”. Esta é a proposta da “circular” apresentada, no receio que possamos vir a ter “Catulos 2, 3, 4”.
2º. Na apresentação pública, está escrito “A circular da Trofa para além de assegurar o desvio do tráfego do centro urbano (…)”, o que merece o meu regozijo, porque foi o motivo pelo qual se lutou pela Variante, tirar o trânsito pesado do centro. Verifico, no entanto no traçado proposto (nunca discutido), que o trânsito pesado de mercadorias passa, nesta “solução”, pela rotunda da escola EB 2/3 Napoleão Sousa Marques e segue pela actual Avenida 19 Novembro, junto à nova estação da Refer e do aglomerado habitacional aí existente. Esta zona será urbana ou rural? No anterior projecto este trajecto ligava à Variante para quem aí queria entrar/sair, agora faz parte integrante. Será partida de Carnaval, dado o corso carnavalesco ser nesse local?
3º. Quando o Primeiro Ministro afirma, “A Variante é inviável” e será feita a “libertação do espaço canal reservado no âmbito do processo original da variante à EN14 entre a Maia e Famalicão”. Caros trofenses, morre definitivamente a possibilidade futura de se transformar em Variante, ficando apenas como um “Eixo Alternativo”, sem segundas fases, possibilidade de expansão futura, e a passar pelo centro urbano da Trofa.
4º. Afirma-se que têm uma “solução económica, mas eficiente” passando de 190 milhões de euros para 36 milhões de euros, convenhamos um feito que merece aplauso. Lamento que se ignore a proposta de resolução de 2012 subscrita pelos 3 municípios que previa redução expressiva de custo com a variante, ficando com um “Eixo alternativo” porque temos que apertar o cinto. Obviamente percebo a necessidade de mudança de paradigma. Necessitamos cortar despesa, mas não percebemos o que é investimento estratégico. O Plano de investimentos da EP 2015-2020 contempla 886,3 milhões de euros de investimento, em que não é possível uma “Variante na Trofa”, porque só temos 36 milhões de euros. Continuamos a potenciar Zonas Industriais (vizinhas), com menor carga fiscal, novas acessibilidades que se traduzem em cada vez maior atractividade face à Trofa.
Percebo o lema “Trofa, o futuro passa aqui”, só lamento que não se consiga que o futuro se viva aqui.
Edição 510
Carnaval chegou mais cedo a S. Mamede do Coronado


A comissão de festas do Divino Espírito Santo, com o apoio da Associação de Pais da Escola Básica e Jardim de Infância de Feira Nova, organizou o desfile de Carnaval e um leilão de oferendas.
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