Trofa
Polémica na Trofa com colocação de outdoor político no Parque de Nossa Senhora das Dores

A colocação de um outdoor de campanha da candidatura “A Trofa é de Todos” junto à rotunda do Catulo, em pleno Parque de Nossa Senhora das Dores, em Bougado, está a gerar críticas de diferentes forças políticas locais.
O candidato da CDU à Câmara Municipal da Trofa, Paulo Queirós, recordou que desde a inauguração do Parque Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro existia “um acordo de cavalheiros entre as forças políticas locais para que não fosse colocada propaganda eleitoral nos mesmos”.
“Esse acordo foi respeitado até agora, mesmo por forças políticas que não existiam na altura. Até hoje. Sei que era um acordo não formal. Sei que quem o rompeu não é uma força política partidária. Mas é constituída por gente que está na política desde esse tempo. Gostava de acreditar que a ambição do poder não fosse capaz de tudo e de desrespeitar o que nos é mais querido…”, lamentou Paulo Queirós.
Também a Comissão Política Concelhia do CHEGA Trofa veio a público manifestar “o mais veemente repúdio” pela colocação de propaganda política naquele espaço, lembrando que no passado foi a própria Câmara Municipal a exigir a retirada de cartazes colocados pelo partido, invocando precisamente a existência desse compromisso.
“Embora desconhecendo o acordo à data, reconhecemos de imediato o seu mérito e, em nome do respeito pelo património dos trofenses, acatámos a indicação e procedemos à remoção imediata dos nossos cartazes, um ato devidamente documentado em vídeo”, referiu o CHEGA.
O partido critica agora a “quebra unilateral” do entendimento por parte do executivo, acusando-o de incoerência e de “desrespeito flagrante não só pelos restantes partidos, mas por todos os cidadãos da Trofa”.
Face à situação, o CHEGA Trofa exige a remoção imediata do cartaz, bem como um retratamento público por parte dos responsáveis, reafirmando o compromisso de preservação dos espaços públicos.
Contactada a direção de campanha do movimento A Trofa é de Todos afirmou que “desconhece a existencia de algum tipo de acordo, muito menos verbal”, afirmando que “a existir algum acordo nesse sentido, que o mesmo deveria ter sido escrito, para memória futura e para o bem de todos”.