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Ano 2007

Pedalar na água para recuperar

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Lary Yannick, de 24 anos, ex-jogador do Gil Vicente, onde cumpriu duas temporadas, fez uma rotura de ligamentos já com a camisola do clube do Marco de Canaveses vestida. "O último jogo foi em Maio de 2006, para o Campeonato Nacional", recorda. Pedala agora dentro de água com uma meta recuperar mais rapidamente.

É um dos 102 pacientes do Hospital da Trofa, incluindo crianças, que recorrem à piscina terapêutica, onde, desde o início deste ano, é possível optar por uma modalidade de fisioterapia diferente o aquabike, ou bicicleta na água.

Paula Costa não contraiu qualquer lesão, mas frequenta a piscina como terapia física e mental há dois meses. Faz diversos exercícios na água, incluindo bicicleta, a par de outros tratamentos de fisioterapia realizados em ambiente seco. "Tinha isto quase colado", explica, exemplificando a situação do queixo e do peito no início da terapia.

Além de ter sido surpreendida por uma depressão profunda, Paula Costa sofre de hipertiroidismo e de fibromialgia. "Tinha os movimentos presos" e a água devolveu-lhe alguma mobilidade. E ânimo. "É uma forma de relaxar. Sinto-me muito melhor", confessa.

O tratamento dentro de água permite reduzir o tempo de recuperação em "quase dois meses", esclarece a directora do serviço de fisiatria do hospital, Inês Ruvina.

"Alguma resistência"

Apesar disso, a fisioterapeuta Ana Maria Campos lamenta que o método seja ainda avaliado com "alguma resistência" por parte da classe médica.

Por isso, fala das terapias aquáticas como embriões de algo mais complexo. "Isto são sementinhas que andamos a plantar para ver se inovamos no tratamento, que não é só físico. É, também, emocional", descreve a fisioterapeuta.

Além de proporcionar "recuperações mais rápidas" em patologias musculares e ósseas, a piscina terapêutica, existente desde a abertura do hospital, há sete anos, também é indicada em casos de doenças psiquiátricas.

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Lary Yannick prevê recomeçar a treinar em Julho e calcula poder jogar entre o final de Outubro e início de Novembro. Para já, faz fisioterapia de segunda a sexta-feira, durante duas horas.

Paula Costa sente-se muito melhor desde que passa algum tempo em meio líquido, todos os dias. "É muito mais fácil fazer os exercícios dentro de água do que fora".

In Jn

Filipe Pereira dá a explicação científica. "Dentro de água, o peso do corpo é um terço", diminuindo a sensação de dor provocada por certos movimentos feitos em seco, esclarece o fisioterapeuta.

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