Edição 776
Pais conseguiram verbas para capacete que vai ajudar bebé com plagiocefalia
Cátia Fernandes admite que o pedido surgiu em “modo desespero” por estar numa verdadeira “corrida contra o tempo”. Mãe de Letícia, de cinco meses recebeu o diagnóstico de que a menina sofre de uma plagiocefalia, uma deformação no crânio, que necessita, rapidamente, de ser corrigida através do uso de um capacete, que os pais, residentes na Trofa, não conseguiam comprar.
Através de um apelo nas redes sociais, noticiado pelo NT também na internet, os pais da Letícia conseguiram as verbas necessárias para adquirir o equipamento.
Em declarações ao NT, Cátia Fernandes explicou que notou uma deformidade na cabeça de Letícia, quando esta tinha “dois meses”. Desde então, a bebé tem sido seguida em osteopatia, de 15 em 15 dias. “Em média, gastamos entre 40 a 50 euros em cada sessão, que não são comparticipadas pelo Estado. Também compramos uma almofada específica, a Mimos, que custou 70 euros e que também não foi comparticipada pelo Estado. Entretanto, uma vez que a Letícia não revelava melhorias, a pediatra achou que era melhor ser vista por um neurocirurgião, mesmo específico para pediatria”, testemunhou.
Foi nessa consulta, a 26 de outubro, que o diagnóstico foi apresentado: a Letícia tem uma plagiocefalia e braquicefalia no grau 2.
Perante esta nova realidade, Cátia Fernandes ficou a saber que a osteopatia “pode ajudar, mas não a longo prazo”. “Mais cedo ou mais tarde, a Letícia pode vir a sofrer de outros problemas, ao nível da visão, auditivo e da fala, porque os ossos não alinhando, não vão deixar o cérebro ir para o sítio onde deve estar”, explicou.
Face ao diagnóstico, o neurocirurgião indicou que a Letícia deve usar uma ortótese, uma espécie de capacete – indicado apenas para casos graves -, que age com uma contraposição de forças, realizando um apoio nas áreas proeminentes do crânio, contendo o seu crescimento e deixando as áreas achatadas livres para crescerem, direcionando o próprio crescimento do crânio do bebé.
Como há um prazo de utilização, e não tinham o orçamento disponível, os pais da menina pediram ajuda na internet e em poucos dias conseguiram os 3500 euros necessários.
“Obrigada a todos que nos ajudaram. Ficaremos eternamente gratos pelo que fizeram pela nossa filha! Não temos palavras que cheguem para vos agradecer”, escreveram os pais, que prometeram “criar uma página” para divulgar “todo o processo” de recuperação de Letícia.
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