MEO MARES VIVAS ‘25

Madalena deu palco à 18ª edição do MEO Marés Vivas (MMV) nos dias 18, 19 e 20 de julho. O antigo parque de campismo da Madalena abriu as portas aos 5 palcos – Palco Meo, Palco Moche, Palco Sapo Comédia, Palco Samba e Palco Coca-cola – e muitas outras novidades. Aos mais aventureiros, foi oferecida uma entrada no recinto de slide, e uma nova roda gigante iluminou o espaço e o sorriso dos festivaleiros.

O primeiro dia de música aqueceu ao som de Hybrid Theory, banda algarvia de tributo a Linkin Park, que trouxe êxitos da banda como “Numb” e “In the End”. Ouviu-se ainda o southern rock do norte-americano Marcus King, antes do arranque do mítico rock nacional com Xutos e Pontapés. Com a lotação esgotada, o recinto encheu-se com as vozes do público a acompanhar em uníssono “Maria”, “Chuva dissolvente”, “Ai se ele cai” ou “Homem do Leme”. Sem esquecer a homenagem feita a Zé Pedro, eterno guitarrista da banda, com “Não sou o único”, num concerto nostálgico e repleto de fãs fervorosos. A noite do rock do MMV viria a encerrar com os acordes de arrepiar dos sexagenários Scorpions. Klaus Meine, ainda que debilitado, entregou a voz num arranque com “Coming Home” e anunciou visivelmente emocionado pelo regresso e recetividade do público “We’re coming home to Porto!”. Várias gerações que cresceram a ouvir “Make it real”, “Bad boys running wild”, “Wind of change” ou “Still loving you” puderam recordar estes marcos dos alemães, que não pouparam nas guitarras nem no asfixiante solo de bateria de Mikkey Dee. Teminaram a noite de bandeira nacional em punho em “Rock you like a hurricane”, manifestamente agradados com a rendição do público nortenho.

O segundo dia de festival trouxe o Alentejo ao Palco Meo na voz dos amigos de infância Luís Tigacheiro e Buba Espinho. Viria depois uma dupla feminina com Nena e Joana Almirante, com o country do novo projeto “Dois pares de botas” e alguns covers. Miguel Araújo e Os Quatro e Meia voltaram ao festival gaiense e continuaram a noite de música lusa com “Saudade”, “ A terra girra” ou “Anda comigo ver os aviões” e “Pica do 7”. O retorno mais esperado nesta noite de MMV, com Thirty Seconds to Mars, fez mudar o idioma da noite. Doze anos depois, os norte-americanos voltaram a Vila Nova de Gaia para celebrar os 20 anos do álbum “A beautiful lie” com “From yesterday”, “Attack” e “The kill” entre outros êxitos que agarraram o público debaixo de chuva e trovoada

O sol voltou no terceiro e último dia de MMV, com o rap da alfacinha Nenny a abrir as hostilidades. Seguir-se-ia a energia contagiante de Calema, que reuniram os festivaleiros para mais uma casa cheia ao som de “Vai”, “Respirar” ou “Maria Joana”. Estava aberta a pista de dança onde desfilou o reggaeton do porto-riquenho Ozuna e o seu corpo de bailarinas provocantes. “Dile que tù me quieres”, “Taki taki” e “Yo x ti, tu x mi” foram alguns dos motivos para a poeira levantar, os quadris mexerem e a temperatura subir. E o termómetro da noite atingiu recordes com a chegada do brasileiro Pedro Sampaio, esperado por cerca de 40.000 festivaleiros que voltaram a lotar o recinto da Madalena. Uma rave feita de remixes e temas originais como “Pocpoc”, “Perversa” ou “No chão novinha”, coreografias marcadas, muitos confetis e interações com o público que manteve a energia em alta até ao encerramento do festival.

No Palco Moshe, destaque para o bailarico de Insert Coin de volta ao MMV, Carol Biazin e Jimmy P, entre outros. No Palco Sapo Comédia criaram-se gargalhadas com nomes como Eduardo Madeira, João Seabra ou Carlos Vidal. O Palco Samba ficou a cargo de Tiago Nacarato em família e, no Palco Coca-cola, estrearam-se várias bandas de garagem.

Foram 3 dias de música e casa cheia, com cerca de 120.000 festivaleiros que deram vida ao Meo Marés Vivas 2025, festival consagrado de Vila Nova de Gaia. Fica prometida, pela palavra de Jorge Lopes, diretor da promotora PEV Entretainment a 19ª edição do MEO Marés Vivas para os dias 17, 18 e 19 de julho de 2026.