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“Menino” nasceu numa ambulância dos bombeiros da Trofa

Entre falhas que não deveriam existir e distâncias que não deveriam ser motivo de desespero, continuámos a fazer o que melhor sabemos: estar onde a vida nos chama, mesmo quando a vida chega apressada demais. Não escolhemos o cenário. Escolhemos apenas não falhar.

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Os Bombeiros Voluntários da Trofa divulgaram, durante a quadra natalícia, um vídeo de Natal marcado pelo humor e por uma forte mensagem social, chamando a atenção para uma realidade requente em Portugal: o nascimento de bebés em ambulâncias, a caminho das unidades de saúde. A iniciativa recorreu a uma alusão simbólica ao Natal, ao encenar o nascimento do Menino Jesus numa ambulância da corporação, acompanhado por Maria e José, numa referência à tradição cristã e à rotina que os bombeiros enfrentam diariamente.

O vídeo foi acompanhado por um texto que sublinhou as dificuldades existentes, em alguns casos, ao acesso aos cuidados de saúde e as longas distâncias até às maternidades, referindo que, num país onde bebés nascem no caminho, há histórias que começam onde menos se deveria esperar. Entre falhas que não deveriam existir e distâncias que não deveriam ser motivo de desespero, os bombeiros destacaram a sua missão de estar sempre presentes onde a vida chama, mesmo quando esta chega de forma inesperada e apressada. A mensagem reforçou ainda que os profissionais não escolhem o cenário, mas escolhem não falhar.

Apesar do tom humorístico e simbólico, o vídeo evidenciou uma preocupação real e transversal ao país, relacionada com o encerramento ou afastamento de serviços de urgência e maternidades, situação que tem levado a um número crescente de partos em ambulâncias e a uma pressão acrescida sobre os meios de socorro e os profissionais no terreno.

A publicação terminou com um apelo à valorização do trabalho dos bombeiros e à necessidade de mais recursos, defendendo que nunca faltem mais mãos, mais meios e mais humanidade. Com esta iniciativa, os Bombeiros Voluntários da Trofa pretenderam assinalar o Natal e, ao mesmo tempo, sensibilizar a sociedade para uma realidade que se tornou parte do quotidiano de quem está na linha da frente do socorro.

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