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Edição 663

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Afinal, o que é o cancro?

O nosso corpo é composto por triliões de células que crescem, dividem-se para originar novas células e, quando se tornam velhas ou ficam danificadas, morrem para que novas células ocupem o seu lugar. Em certas situações anormais, uma célula pode ficar danificada de uma forma em que não morre e continua a dividir-se sem parar, geralmente formando aquilo a que se chama um tumor. Isto pode acontecer em qualquer parte do corpo e nos casos em que estas células têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo estamos perante um cancro. Se se tratar de um tumor “benigno”, significa que não tem essa capacidade de se espalhar e por isso não é uma situação de cancro.
É importante perceber que a palavra “cancro” não é uma doença, mas sim um conjunto de doenças. Isto porque o local onde acontece e o tipo de células que estão a crescer fazem com que as situações de cancro possam ser completamente diferentes entre si, tanto no tratamento como nas consequências para a pessoa doente. Existem mais de 100 tipos de cancro, muitos deles completamente curáveis. Habitualmente, o seu nome vem do órgão onde se forma, como por exemplo o cancro do estômago, cancro da mama ou cancro do pulmão. No entanto, existem diferentes tipos dentro de cada um destes exemplos, que podem ser muito diferentes uns dos outros.
O aumento da idade leva a um aumento de risco dos diversos tipos de cancro. Apesar de poder acontecer em qualquer idade, o cancro de uma forma geral é muito mais frequente em pessoas mais velhas. Como atualmente as pessoas vivem mais tempo, os casos de cancro vão ter tendência a aumentar. Não se pode fazer nada em relação a este factor de risco, que é uma consequência de se viver até mais tarde.
No entanto, há outros factores de risco que podem ser modificados. O tabaco é a principal causa de aparecimento e morte por cancro, por isso qualquer pessoa que fume deve pensar em deixar de o fazer. O consumo de álcool em excesso também aumenta o risco de cancro, principalmente naqueles que também fumam – não deve beber mais de um copo de vinho por dia se for mulher ou dois copos de vinho por dia se for homem. A obesidade também aumenta o risco de diversos tipos de cancro e a exposição a radiação da luz solar aumenta o risco de cancro de pele. Pelo contrário, uma alimentação saudável e a prática de exercício físico protegem contra estas doenças.
Os exames de rastreio são realizados em pessoas sem sintomas e servem para detectar situações de cancro numa fase precoce. Infelizmente, estes exames só existem para um número limitado de cancros: cancro do intestino (coloretal), cancro do colo do útero e cancro da mama. Para os restantes casos, os exames de rastreio não são benéficos. Deve conversar com o seu Médico de Família sobre a idade e número de vezes que deve fazer estes rastreios e ter em conta que não se aplica a lógica de “quanto mais melhor”, nem “quanto mais cedo melhor”, existem critérios muito bem definidos para cada situação. No entanto, se tiver algum sinal ou sintoma que o preocupe, deve falar com o seu Médico de Família, para que ele avalie e decida consigo o que fazer caso a caso.
Muitos cancros podem ser prevenidos se não fumar, mantiver um peso saudável, não beber álcool em excesso, tiver uma alimentação equilibrada (rica em vegetais e frutas e com quantidades reduzidas de comida processada e carnes vermelhas) e evitar uma exposição solar excessiva.

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Se tiver alguma dúvida ou sugestões para outros temas a abordar nesta rubrica, pode entrar em contacto para o email doutorpedrocouto@gmail.com.

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