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Edição 672

“Infelizmente, na Trofa não se preserva, destrói-se”

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“Na Trofa, nada é para preservar. Na Trofa, tudo é para destruir”. As palavras são de José Manuel Cunha, trofense que teve um papel preponderante na identificação do património existente nas zonas ribeirinhas do concelho. Afastado da vida cívica ativa, o NT foi visitá-lo para perceber a razão desta ausência. O historiador lamenta a forma como os agentes políticos têm, a seu ver, ignorado a preservação da história da Trofa e nem promete a publicação dos mais recentes trabalhos escritos.
Quis o destino que José Manuel Cunha tivesse o rio como vizinho. “Foi coincidência”, diz, entre risos, enquanto explica que o sogro “foi moleiro” e trabalhou na Azenha do Bicho. A casa onde vive, em Guidões, não podia combinar melhor com a paixão que ele próprio alimentou, ao longo de décadas, na procura incessante pelo património das zonas ribeirinhas da Trofa. É um dos nomes incontornáveis dos estudiosos que ajudam a preservar a história do concelho, com dois livros editados, um incluído no volume dos Cadernos Culturais da Câmara Municipal da Trofa (de 2006) e “A Indústria Moageira no Concelho da Trofa”, lançado em 2014. Na apresentação desta obra, José Manuel Cunha já manifestava algum desalento pela forma como o património trofense estava a ser tratado pelos agentes políticos. Atualmente, bem mais recolhido da vida cívica, sublinha a mesma posição: “Infelizmente, na Trofa não se preserva, destrói-se”.
As palavras surgem em jeito de suspiro. De ombros caídos e visivelmente agastado na abordagem ao assunto, José Manuel Cunha vê-se sem forças para contrariar o marasmo que considera reinar no concelho. “A Trofa não tem uma estrutura-base de arqueologia, de defesa do património”, argumenta, para depois justificar com o estado de abandono em que estão muitas estruturas históricas, que contribuíram para o desenvolvimento económico e social do concelho.

Leia a reportagem na íntegra na edição n.º 672 do jornal O Notícias da Trofa, já nas bancas.

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Edição 672

A pobreza é uma vergonha nacional

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O conceito de pobreza abrange áreas tão diferenciadas, que vão desde a falta de rendimentos necessários para a satisfação das necessidades alimentares e não alimentares básicas, assim como a falta de acesso à saúde e à educação, a falta de água e saneamento, o isolamento, a exclusão social, a vulnerabilidade. Mas também o acesso equitativo ao sistema judicial, a não existência de habitação e até transportes públicos acessíveis. É uma grave privação de recursos!
A pobreza é, acima de tudo, um problema das erradas políticas económicas que as diferentes governações têm tido ao longo dos anos. A pobreza é uma vergonha nacional; é um problema estrutural gravíssimo da sociedade, um atentado à dignidade humana, pois é indigno que um ser humano possa estar privado do direito básico de participar plenamente na vida social, económica, cultural e política da comunidade em que está inserido.
Os dados dos relatórios de entidades nacionais e internacionais são muito esclarecedores sobre esta matéria: a pobreza atinge mais de um quinto da população portuguesa. Porque muitas pessoas não estão sensibilizadas para as questões sociais do nosso país, esta informação é aterradora, como é aterradora a informação de que Portugal é um dos países mais desiguais da União Europeia, atingindo um nível de desigualdade, que envergonha o país.
Tendo em conta a mobilidade de rendimentos de uma geração para a seguinte, bem como o nível de desigualdade salarial no nosso país, são precisas cinco gerações para se sair da pobreza em Portugal. Esta afirmação faz parte de um recente estudo sobre a mobilidade social da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que também conclui que Portugal é dos países desenvolvidos onde é mais difícil sair da pobreza ou, do outro lado, deixar de ser rico. A pobreza reproduz-se e gera ciclos de vulnerabilidade social.
O referido relatório da OCDE conclui que uma família portuguesa de fracos recursos socioeconómicos pode demorar 125 anos até que os descendentes consigam alcançar um salário médio. Esta organização internacional afirma que há margem para políticas que aumentem a mobilidade entre gerações, por isso sugere três objetivos: apoiar as crianças de meios desfavorecidos, assegurando uma boa educação pré-escolar, combater o desemprego de longa duração e aumentar o nível de qualificações através da educação para adultos.
Não é por não abrir telejornais, nem por ter deixado de ser notícia de primeira página dos jornais, que a pobreza e a miséria foram erradicadas no nosso país. Bem pelo contrário, atualmente mais de um quinto da população portuguesa (perto de 2,4 milhões de pessoas) estão em risco de pobreza ou exclusão social.
Dentro do quadro triste da pobreza, ainda existe a realidade que faz partir o coração, de muitos milhares de sem-abrigo que povoam as ruas das nossas cidades. Seres humanos como nós, que foram colocados à margem da sociedade, que se diz civilizada.

José Maria Moreira da Silva
moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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Desporto

José Barbosa da UCT no lugar mais alto do pódio

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A União de Ciclismo da Trofa marcou presença, a 16 de junho, no Troféu Carlos Carvalho, que se realizou em Pousada de Saramagos, no concelho de Vila Nova de Famalicão.
José Barbosa foi 1.º em cadetes masculinos e Beatriz Martins foi 2.ª no feminino. João Cunha ocupou a 2.ª posição em juvenis e Ruben Rodrigues ficou em 5.º. No feminino, a juvenil Lara Pereira foi 3.ª, seguida por Ana Pereira (4.ª). Entre os mais pequenos, o infantil André Maia subiu ao 3.º lugar do pódio e Maria Araújo terminou a prova na 5.ª posição.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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