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Freguesias “cansadas de serem parente pobre” no acesso a fundos europeus
Vários presidentes de juntas de freguesia reclamaram hoje, em Braga, acesso aos fundos comunitários, dizendo-se “discriminados e cansados de serem o parente pobre” deste processo.
No segundo dia do XVIII Congresso da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), que arrancou na sexta-feira e termina no domingo, em Braga, houve um denominador comum a quase todas as intervenções: a participação das juntas de freguesia no acesso aos fundos comunitários.
Esse é o “grande e o próximo desafio” das freguesias, sublinharam diferentes autarcas.
“As juntas de freguesia continuam a ser discriminadas no acesso a fundos comunitários e quem melhor do que nós para implementar verdadeiras reformas”, questionou a presidente da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinha, do distrito de Coimbra, Helena Correia, eleita pelo PS.
Na mesma linha de pensamento, o presidente da Assembleia de Freguesia da Junta de Palmeira, do distrito de Braga, João Ferreira, disse que estes órgãos não podem continuar a ser “o parente pobre da democracia” em termos de fundos europeus.
“Sempre que queremos fazer alguma coisa em termos de freguesias não temos fundos próprios, estamos condicionados no investimento, por isso, temos de reclamar mais”, afirmou, acrescentando que não podem “continuar a estar de chapéu na mão a pedir aos municípios para intervirem nas freguesias”.
Também por considerar que o acesso a fundos comunitários “não pode estar apenas” disponível para as câmaras municipais, a presidente da Junta de Freguesia de Germil, no distrito de Viseu, Lúcia Lopes, defendeu que o acesso por parte destes órgãos autárquicos deve ser “uma prioridade para os próximos quatro anos”.
“Requalificar e inovar a nível profundo não pode estar apenas ao acesso das câmaras. As freguesias necessitam desta capacidade e poderão fazer mais com menos recursos”, destacou.
Contudo, o presidente da União de Freguesias de Mação, Penhascoso e Aboboreira, no distrito de Santarém, José Fernando Martins, sublinhou que não basta pedir acesso aos fundos, mas é também necessário depois concretizar os projetos quando eles estiverem disponíveis.
Na abertura do XVIII Congresso da Anafre, o Presidente da República afirmou ser “muito importante” que fique “atempadamente” definida a participação e o acesso das freguesias aos fundos europeus por tratar-se de uma “corrida contra o tempo”.
“É essencial que fique definido o regimento da vossa participação e acesso aos fundos europeus e aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR]”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
A Anafre iniciou na sexta-feira, em Braga, o seu XVIII Congresso, na sequência das eleições autárquicas, onde cerca de mil autarcas discutem temas como as novas competências, a reorganização administrativa e o acesso a fundos comunitários.
O congresso, sob o lema “Freguesias 20/30 Valorizar Portugal”, deverá reeleger como presidente da Anafre o socialista Jorge Veloso, que encabeça a lista de consenso que irá a aprovação dos congressistas.
Falecimentos
Falecimento de Maria Adelaide Gonçalves Moreira
Faleceu com 94 anos, Maria Adelaide Gonçalves Moreira, residente na Rua da Biqueira (Casal) – Coronado (São Mamede), Trofa


Faleceu com 94 anos, Maria Adelaide Gonçalves Moreira, residente na Rua da Biqueira (Casal) – Coronado (São Mamede), Trofa.
Dados sobre as cerimónias fúnebres:
Cemitério:
Coronado (São Mamede), Trofa
Velório:
Sexta Feira, dia 03/02/2023 a partir das 17:00 h, Igreja Paroquial – Coronado (São Mamede), Trofa
Funeral:
Sábado, dia 04/02/2023 pelas 11:00 h, Igreja Paroquial – Coronado (São Mamede), Trofa
Missa 7º Dia:
Sábado, dia 11/02/2023 pelas 17:30 h, Igreja Paroquial – Coronado (São Mamede), Trofa
Edição 782
Linha do Equilíbrio: Ser mulher, hoje!
Necessitamos de ensinar às nossas crianças o respeito pelo outro; que não existem brinquedos de meninas ou de meninos; que nem sempre é o príncipe que salva a princesa, pode ser a princesa a salvar-se a si própria


Contam-se histórias infantis com expressões como “Espelho, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?” ou “Quem quer casar com a carochinha que é tão bela e formosinha” e, sem refletirmos, replicamos para os nossos filhos, fazendo tradição oral.
Se na primeira expressão a imagem refletida no espelho conduz à obsessão de busca pela beleza, na segunda invoca o conceito de mulher como dona de casa, esposa e mãe. Em ambos os casos, temos a Mulher (o “ser Mulher”) no centro da equação, com padrões estereotipados para a sua identidade.
A atualidade tem sido marcada por um “quebrar” de preconceitos e tabus que estão acomodados na sociedade há centenas ou, até mesmo, milhares de anos!
Particularmente, na sociedade ocidental a Mulher passou a ocupar um lugar de destaque igual aos homens, participando em várias áreas e assumindo o papel de decisoras. São exemplos a integração quase plena em todas as áreas do mercado de trabalho ou em cargos políticos. Tal exposição passou a exigir mais da Mulher, pois acrescentou à sua tradicional função de maternidade e de presença na retaguarda da família a de ativa e determinante na sociedade, com as multitarefas que se propõe desempenhar. Esta maior amplitude de ação, em mulheres especialmente superativas, poderá conduzi-las a problemas de autoestima e, em casos mais avançados, enfrentarem o já tão divulgado burnout.
Nesta avalanche cultural tem-se igualmente imposto mais à Mulher! A ideia de busca por um corpo perfeito (mesmo sendo natural uma maior obesidade pelas fases hormonais) que leva à perceção que apenas podem ser felizes com as “curvas perfeitas”. Este conceito de beleza está em permanente mutação, pelas “leis” das indústrias da beleza e da moda, com tendências de produtos ou roupa, onde se vendem padrões dificilmente tangíveis. Por outro lado, as autoimposições alimentares, com muitas distorções de comportamentos (obsessivos e compulsivos), de que é exemplo o pesar dos alimentos que, em muitos casos, são passos em direção a doenças como a bulimia ou a anorexia.
Quer a escravidão do espelho/da imagem, quer a “obrigação” de permanente atividade, tendem a condicionar algumas Mulheres a perder o prazer de viver, entrando em desânimo, em consequência da insatisfação com a sua imagem, com a sua forma física, aprisionando-se em dietas restritivas que poderão conduzir a uma autorrejeição, ao isolamento ou a perturbações psicológicas.
O que podemos nós fazer para proteger quem amamos deste sofrimento?
Necessitamos de ensinar às nossas crianças o respeito pelo outro; que não existem brinquedos de meninas ou de meninos; que nem sempre é o príncipe que salva a princesa, pode ser a princesa a salvar-se a si própria; que a “carochinha” pode com o seu dinheiro querer fazer outras coisas que lhe proporcionem prazer; que a beleza não está apenas refletida no espelho, mas nas ações e, principalmente, a aceitarem-se como realmente são.
Desde cedo, devemos incutir nos nossos filhos o culto de “ser versus parecer”, ou seja, valorizarem as suas atitudes, valores e competências em detrimento da imagem que a indústria da beleza tende a preconizar como a ideal. No mesmo seguimento, devemos ensinar e demonstrar com atos e atitudes que ser Mulher significa esta ser e escolher o que quiser, sem restrições nem obrigações.
Torna-se fundamental educar as crianças de uma forma livre, longe dos padrões estereotipados e mais próximas da sua verdadeira natureza.
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