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Fábio Costa destaca-se no pelotão nacional e sonha, um dia, vestir a amarela

O ciclista de Covelas, Fábio Costa, conquistou, este mês, a primeira vitória em elites, no Grande Prémio JN.

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O ciclista de Covelas, Fábio Costa, conquistou, este mês, a primeira vitórias em elites, no Grande Prémio JN. Em entrevista ao JA, contou os momentos bons e maus que atravessou até chegar ao mais alto patamar do ciclismo nacional, ao serviço da equipa Glassdrive / Q8 / Anicolor.

Foi em Covelas, no concelho da Trofa, que Fábio Costa começou a dar as primeiras voltas de bicicleta. Influenciado por um pai aficionado das duas rodas, o jovem ganhou o “bichinho” e decidiu, por “iniciativa própria”, trilhar um percurso mais sério na modalidade. Aos dez anos integrou uma equipa em Canidelo, Vila Nova de Gaia, e à medida que subia de escalão etário crescia também o desejo de construir um futuro profissional em torno do ciclismo.

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“Comecei a seguir a Volta a Portugal muito cedo. Lembro-me de subir a Senhora da Graça, de bicicleta, com o meu pai, devia ter uns 10 ou 11 anos e desde aí comecei a viver muito a modalidade”, recorda, numa entrevista que concedeu ao JA, na manhã de 12 de setembro, no escadório que dá acesso a um dos locais mais icónicos da pacata freguesia de Covelas: a Capela de S. Gonçalo.

Envergando o vistoso equipamento amarelo fluorescente da Glassdrive / Q8 / Anicolor, o jovem de 24 anos, que no currículo tem o título de campeão nacional de estrada de sub-23, viveu, recentemente, um dos momentos mais felizes da carreira, ao conquistar a primeira vitória de etapa no pelotão de elite. Foi na sexta ronda do Grande Prémio JN/Leilosoc, a 7 de setembro, numa chegada a Esmoriz ao sprint e carregada de lágrimas e euforia.

Agora, sente que este momento pode “ser importante no futuro e na relevância que poderá ter na equipa”.
Sem falsa modéstia, Fábio Costa considera que está entre “os melhores corredores nacionais” e sente o peso de integrar “uma da equipa com um poderio enorme”, no entanto não esquece o caminho, muitas vezes tortuoso, que trilhou para chegar ao patamar atual.
Aquele que “talvez tenha sido o pior momento” da carreira foi o de uma queda aparatosa, na chegada ao sprint, à meta da 1.ª etapa da Volta a Portugal do Futuro de 2021, que acabou também por apanhar um adversário.
“É algo que me arrependo profundamente, mas as pessoas que me conhecem sabem que não foi propositado e até o atleta envolvido, não há problema entre nós, são incidências da competição. Foi resultado da inexperiência e fome de vencer”, recorda. Mas também este episódio, que lhe valeu a expulsão da prova, foi uma boa “lição de vida”.
“Na altura, houve muita gente que me criticou e mesmo quando voltei à competição vi que muitas pessoas me olhavam de lado. E também tive muita gente que me ajudou, que nunca duvidou de mim, e outros tantos que eu pensava que estavam do meu lado e, afinal, não estavam”.


Fábio Costa prefere, em vez de lamentar falsas amizades, valorizar aquelas que o fizeram acreditar que a vitória na elite ia chegar, mesmo quando a esperança já esmorecia. “Em 2022, tive muitos ‘quases’. Acabei o ano desiludido, mas esta época vim com a mentalidade de que tinha de ser desta”, revelou.
O sonho que alimentou em criança de “correr no estrangeiro”, pensa, será difícil de alcançar nesta etapa, mas o foco está em “marcar posição na equipa”, que “confia” no seu trabalho e dá-lhe “as oportunidades” de brilhar. “É a melhor equipa nacional e dá-me todas as condições de trabalho, por isso só tenho de agradecer por nunca me terem desacreditado”.
Uma vitória de etapa na Volta a Portugal é outra das ambições, assim como “vestir de amarelo”. “Gostava de ter essa possibilidade e conhecer o sentimento de liderar uma prova por etapas”, reconheceu. Seria uma boa recompensa para quem, com 18 anos, decidiu abandonar os estudos para se dedicar, exclusivamente, ao ciclismo e sacrificar-se por um lugar ao sol, na modalidade.

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