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Escrita com Norte: Em busca da adrenalina perdida

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Quando ouço falar em adrenalina, chego à conclusão que todos temos mais ou menos o mesmo entendimento da palavra, mas a maioria das pessoas age de forma completamente diferente da minha para a sentir… essa emoção que nos faz levantar do chão.
A adrenalina anda de mãos dadas com o imprevisto e é esta sensação de imprevisibilidade que nos estimula e nos provoca sensações de “um passo para o abismo”.
E é nas acções para a sentir, que me diferencio da maioria das pessoas e… de alguns animais, como aquele passarinho kamikaze, que na autoestrada fez voo rasante ao meu carro e morreu! Se o passarinho procurava adrenalina, o que lhe aconteceu não foi o “imprevisto”, mas sim o óbvio!
Ou como a Cristina, no Inverno, trava “colada” ao carro da frente, dizendo-me: – Está tudo controlado, sente a emoção!
A verdade é que não senti emoção nenhuma quando o óbvio aconteceu por uma ou duas vezes e bateu no carro da frente!
Já no verão, com piso seco, faz sete coisas ao mesmo tempo enquanto conduz e com dificuldade aceito que esteja atenta à estrada. Sou o seu anjo da guarda com as minhas indicações, “pára”, “arranca”, “acelera”, “reduz”…ela chama-me de “chato” e atira-me à cara que aqueles são os meus momentos de adrenalina. Em silêncio penso – Se não fosse eu “espetavas-te” todos os dias!”.
ADRENALINA, meus meninos e minhas meninas, é o que passo a descrever, um relato da minha viagem vertiginosa para o trabalho:
Ligo o carro, suspiro fundo e coloco o cinto de segurança. Arranco e aproveito a recta que passa em frente a minha casa para uma ligeira aceleração e chego aos 30 km/h, entretanto sou ultrapassado por um indivíduo que conduz feito louco. Um miúdo aproxima-se da passadeira e antecipadamente vou afrouxando, imobilizando o carro a um metro do local de passagem, enquanto no outro sentido só o décimo quinto condutor pára e o miúdo pôde atravessar a estrada.
Desemboco na estrada principal já com o “pisca” a indicar a minha mudança de sentido. Naquele cruzamento os carros tomam as várias direcções sem darem o “pisca” e fiquei a pensar se esta sinalética estava proibida e eu ainda não sei!
No momento certo arranco e estaciono um pouco mais à frente, com o “pisca” ligado (mas aqui já com muitas dúvidas se estava a proceder correctamente), em frente a uma pastelaria, para tomar o pequeno-almoço.
Regresso ao carro, outro condutor tenta sair em marcha-atrás do parque de estacionamento e, indiferente ao trânsito, vai metendo a traseira e… provocou um acidente.
Entro no meu carro e, só quando sinto segurança suficiente, faço-me à estrada. A minha viagem decorre a uns aceitáveis 40 km/h e, ainda dentro da Trofa, dou “pisca”, reduzo para segunda, e com uma perpendicular perfeita, curvo à esquerda, merecendo aplausos dos miúdos que iam para o Ciclo! Entusiasmado, arranco a uns estonteantes e sonolentos 27 km/h, travando logo à frente, porque os pais dos miúdos têm os carros mal estacionados e “lançam-nos” para a estrada, provocando, não adrenalina, mas as condições óbvias para um atropelamento!
Depois de passar a zona do Ciclo, ouso desviar o olhar da estrada e liguei o rádio. Um pouco mais à frente, novo “pisca” e estaciono para ir trabalhar!
Meus caros(as), adrenalina é cumprir as regras de segurança e mesmo assim o imprevisto aparecer, porque andar deslocado delas e o acidente acontecer, isso é o óbvio.
O pináculo da adrenalina é ser sportinguista e o meu Sporting, na próxima época, ser campeão!
Eu vivo no “fio da navalha”!

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