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Escolinha de Rugby comemorou 10 anos e agora sonha com “casa própria”

Atualmente com 140 atletas, distribuídos por vários escalões desde os sub-6 aos seniores, a Escolinha de Rugby da Trofa celebrou uma década de existência tendo como horizonte “ter maior capacidade para receber mais atletas” e conseguir “casa própria”.

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Atualmente com 140 atletas, distribuídos por vários escalões desde os sub-6 aos seniores, a Escolinha de Rugby da Trofa celebrou uma década de existência tendo como horizonte “ter maior capacidade para receber mais atletas” e conseguir “casa própria”.

A desenvolver a atividade desportiva no Parque de Jogos da Ribeira, em Santiago de Bougado, e noutros locais do concelho, a associação é muito mais que um clube de râguebi. “Nos últimos dez anos tornámo-nos numa valência ao serviço da comunidade trofense e dos concelhos circundantes, atuando desde o primeiro dia no desporto, saúde e educação de crianças desde os quatro anos”, sublinharam os responsáveis da coletividade, Ricardo Costa e Daniela Vieira, no rescaldo da festa, que aconteceu a 20 de dezembro.

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Entre as grandes mudanças que a Escolinha de Rugby registou ao longo da última década, ambos assinalam “o número de pessoas envolvidas” na vida da associação, que cresceu ao ponto de “dar resposta a mais crianças e jovens”, sem perder qualidade “na intervenção”.
“Os resultados sociais obtidos são assinaláveis. Todos os jovens que passaram pelo processo durante mais de seis meses mostraram resultados fantásticos, quer a nível académico, profissional ou social. Estamos há um ano a trabalhar com o Observatório de Desporto e Comunidades e Educação (ODEC), sediado na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto, no âmbito de um trabalho de investigação para validar cientificamente o nosso método de intervenção”, revelaram.

E há verdadeiros “casos de estudo”, garantem os responsáveis, como “atletas que entraram na faculdade com excelentes notas e que conseguiram ser bolseiros” ou “outros que não quiseram seguir a vida académica e na Escolinha mudaram os seus objetivos e plano de vida”. “Todos eles foram os primeiros elementos das suas famílias a integrarem o Ensino Superior. O impacto deste processo passa mesmo pelo cortar círculos viciosos de subsídiodependentes e/ou com baixa escolaridade e prevenção de empregos precários. Seguir o sonho de entrar num curso de engenharia, enfermagem, informática, educação física passou a ser uma realidade sempre com o apoio da nossa equipa técnica, que acompanha todo o processo logístico e psicológico de cada atleta”.

Ricardo Costa e Daniela Vieira recordam também casos de jovens em que foi possível “estancar problemáticas” relacionadas com “comportamento” e “falta de referências”. Na Escolinha de Rugby, defendem, há uma verdadeira “poupança pública”, com “prevenção do absentismo escolar e da delinquência” e com o “acompanhamento e prevenção de doenças (do foro mental, obesidade e especialidades de encaminhamento).

“Recebemos todos de igual forma, sejam eles oriundos da Trofa, ou da Índia, sejam eles excelentes alunos ou não tão bons, com capacidade económica ou sem. Este é para nós o grande segredo da nossa Escolinha. Somos uma casa de oportunidades, onde o indivíduo é visto de forma holística e potenciado ao máximo nas diferentes versões de si mesmo”.

Ter casa própria é sonho a concretizar

Esta época, uma das grandes conquistas foi a criação de uma equipa sénior de râguebi, a pedido dos atletas mais velhos que não podiam mais integrar equipas de formação. Agora, os objetivos futuros passam por “ter uma casa própria”. “Neste momento, temos a nossa base logística dividida entre o Centro Comercial da Vinha (sede da associação) e o campo de treinos, com sala educativa, nas instalações do Atlético Clube Bougadense, onde estamos desde o início. Aquela instituição recebe-nos há dez anos e partilha connosco o pouco espaço que tem. Também temos equipas a treinarem num campo de futebol de 7 de uma empresa trofense e no campo de S. Mamede do Coronado. Criar melhores condições é um grande objetivo. Ter uma equipa sénior requer espaço e recursos técnicos para que todos os nossos jovens tenham igual oportunidade de evoluir na modalidade”, evidenciaram Ricardo Costa e Daniela Vieira.

São também projetos da Escolinha a “criação de uma secção de formação de monitores e treinadores”, reforçar “a presença na comunidade escolar” e conseguir “envolver mais parceiros”.

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