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Eleições na Trofa marcam novo capítulo na disputa local

A corrida eleitoral deste ano promete reconfigurar o equilíbrio político trofense, com seis candidaturas a disputar a liderança do executivo municipal.

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A 12 de outubro, os eleitores da Trofa voltam às urnas para escolher os seus representantes na Câmara e Assembleia Municipal, bem como nas, agora, seis freguesias do concelho. A corrida eleitoral deste ano promete reconfigurar o equilíbrio político trofense, com seis candidaturas a disputar a liderança do executivo municipal: António Azevedo (Independente), Sérgio Araújo (PSD/CDS-PP), Amadeu Dias (PS/PAN/Livre), Pedro Neves (Chega), Diamantino Costa (Iniciativa Liberal) e Paulo Queirós (CDU).

Depois de 12 anos de governação da coligação Unidos pela Trofa (PSD/CDS-PP), que consolidou uma maioria absoluta desde 2013, o cenário político apresenta-se agora mais fragmentado. A candidatura independente de António Azevedo — atual presidente da Câmara — e o crescimento do Chega – que obteve 6200 votos num universo de 24.501 votantes – surgem como fatores de rutura dentro do espaço da direita, à qual se junta também a Iniciativa Liberal, com uma campanha mais disruptiva e especialmente dirigida à população mais jovem, abrindo margem para maior incerteza eleitoral e possível redistribuição de votos entre os blocos políticos.

Hegemonia de uma década à prova

Desde 2013, a coligação liderada pelo PSD tem dominado a política local. Os Unidos pela Trofa conquistaram a autarquia com 45,06% dos votos, interrompendo o mandato socialista de Joana Lima, que apenas esteve no poder entre 2009 e 2013. Em 2017, reforçou a posição com 59,61% e, em 2021, voltou a vencer com 56,47%, garantindo cinco dos sete mandatos no executivo. O Partido Socialista manteve-se como principal força da oposição, obtendo 31,83% e 32,23%, respetivamente, nos dois últimos sufrágios, e dois vereadores.

Na Assembleia Municipal, em 2021, a coligação de direita assegurou igualmente a maioria absoluta, com 51,95% dos votos e 12 mandatos, enquanto o PS conquistou 32,46% e oito lugares. O PAN obteve 4,92% e conseguiu eleger um representante pela primeira vez, ao passo que a CDU (3,24%) perdeu o assento e o Chega (3,07%) não conseguiu estrear-se na eleição.
A Trofa tem registado, ao longo da última década, níveis de participação eleitoral superiores à média nacional, embora em ligeiro declínio: 66,97% em 2013, 65,11% em 2017 e 62,27% em 2021. Nas últimas eleições, 21.070 eleitores exerceram o seu direito de voto, num universo de 33.834 inscritos.

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Seis candidatos

As eleições de 2025 colocam frente a frente seis projetos políticos com visões distintas para o concelho. António Azevedo, atual presidente da Câmara, substituiu Sérgio Humberto no executivo eleito pela coligação Unidos pela Trofa, mas apresenta-se agora como independente, pelo movimento A Trofa é de Todos. Por sua vez, Sérgio Araújo, atual líder da coligação Unidos pela Trofa (PSD/CDS-PP), procura reafirmar a força do bloco de direita, sublinhando o apoio do partido a nível nacional.

Já Amadeu Dias, candidato à Câmara pela terceira vez, estreia-se a liderar uma coligação, Trofa em Primeiro (PS/PAN/Livre), apostando na mobilização da esquerda e na promessa de uma “mudança de ciclo político”.

Pedro Neves, pelo Chega, quer captar o eleitorado descontente com os partidos tradicionais e tentar aproveitar a onda de um partido que foi o segundo mais votado nas legislativas, no contexto nacional e concelhio. Diamantino Costa, da Iniciativa Liberal, propõe um modelo de governação assente na eficiência administrativa e na transparência, enquanto Paulo Queirós, da CDU, centra o discurso na habitação pública, nos serviços essenciais e na economia cooperativa.

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