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Memórias e Histórias da Trofa: Cultura e Lazer operário no século XX na Trofa (I)

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Numa cidade com cunho claramente industrial, uma população em constante evolução era necessário oferecer distrações aos seus habitantes para ocupar o seu tempo de lazer e ajudar a formar a identidade da sua localidade.
No ano de 1925, referências na imprensa que o teatro entrava em passos rápidos e firmes na Trofa, numa fase em que a localidade também entrava numa fase de grande prosperidade, descrevendo-se que havia a necessidade de se fundar uma casa de diversões, onde os trofenses e os visitantes pudessem passar os seus serões.1
A inauguração da primeira casa de espetáculos foi a 19 de julho de 1925 e era localizado num enorme armazém cedido por um dos empresários da cidade, José da Fonseca Sampaio. Sobre as instalações, poucas informações, apenas que tinha 2 andares, janelas enormes com boa exposição solar e no seu pano central tinha representada a Estação Caminho de Ferro. Na sua inauguração teve um enorme movimento de pessoas e quando a orquestra começou a tocar, para dar inicio ao primeiro espetáculo, uma enorme e prolongada salva de palmas e vários chapéus a serem agitados.
Camilo Augusto Vieira teve um importante papel segundo a imprensa para este acontecimento ser uma realidade e o nome dado à sala de espetáculos foi de Teatro Ideal Trofense.2
Passados seis meses após a inauguração da sala de espetáculos, descrito na imprensa em janeiro de 1926 que havia o desejo de se fundar uma companhia de teatro para depois os lucros dos seus espetáculos serem usados para a criação de um quartel de bombeiros e a respetiva compra de uma bomba, mas acabou por cair no esquecimento.3 Contudo, nessa mesma notícia foi referida a sentença de morte do primitivo teatro, por razões financeiras, a renda era elevada, no valor de 400 escudos mensais, com os seus membros envolvidos nesse processo em Assembleia Geral a decidir encerrar o teatro e no domingo seguinte a ser leiloado os móveis e os cenários.
Alguns meses depois em abril, surgiu o Grupo Dramático Musical de S. Tiago de Bougado, demonstrando que apesar de em S. Martinho de Bougado a cultura atravessar um mau momento, em Santiago de Bougado viviam-se tempos promissores.4
Continuação na próxima crónica…

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