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Memórias e Histórias da Trofa: O retrato industrial na década de quarenta (parte II)

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Após na última crónica ter sido abordado o desenvolvimento e implementação da indústria em Bougado, surgiu a necessidade de compreender se esse fenómeno na década de quarenta era extensível às outras seis freguesias do concelho da Trofa. Na perspetiva de fazer uma analogia com a serventia do transporte ferroviário e compreender a sua real importância para o desenvolvimento económico nas freguesias com circulação ferroviária.
A existência de unidades industriais em número residual na freguesia do Muro, com destaque para a existência de duas fundições e uma única fábrica de tecidos, trabalhando com tecidos de algodão, a Fábrica de Tecidos S. Cristóvão quem se recorda? Não sendo menos importantes as duas latoarias existentes como também não se deve ignorar a existência de fundições.
Na freguesia de Covelas a atividade industrial era nula, apenas destaque para alguma prática no sector comercial, mas em número diminuto, apoiando a sua atividade económica no setor primário.
Nos Coronados, uma grande pujança industrial, tal como no presente com várias indústrias, liderança em S. Romão do Coronado para a indústria das vassouras que ultrapassava a dezena e meia, comum haver vassouras feitas no Coronado em vários pontos do globo, um motivo de orgulho e valorização para as suas gentes. As três dezenas de fábricas existentes em S. Romão, com metade delas a ser de fabrico de vassouras, sendo impossível esquecer certamente as vassouras da oficina do Joaquim Bravo, ou do Joaquim Brás, do David da Costa Oliveira, entre outros. Não desprezando o importante contributo para o desenvolvimento económica, prestado pela METEC que produzia máquinas para a indústria têxtil e também material agrícola.
Relativamente a S. Mamede do Coronado não ignorando “A Industrial de S. Mamede”, Fábrica de Pereiró com a sua produção de caixotaria e também a existência da indústria têxtil com a fábrica de Maria de Sousa Moreira de tecidos de algodão.
Um cunho forte do transporte ferroviário que muito contribuiu para o desenvolvimento, atendendo que nas outras freguesias que estavam isoladas desse meio de transporte (Alvarelhos e Guidões) praticamente não havia indústrias, apenas em Guidões com a indústria pirotécnica.
Um desenvolvimento económico e industrial a duas velocidades, com Bougado e Coronado na frente do progresso com a atividade nas outras a ser praticamente nula. O concelho da Trofa dava passos seguros e bastante firmes rumo ao progresso para se tornar no concelho que é hoje, uma referência nacional de progresso com gente laboriosa com enorme espírito de sacrifício contribuíram de forma decisiva para que um lugar fosse, cidade e concelho.

Facebook: José Pedro Reis
Texto escrito com bases em informações recolhidas no Guia Turístico da CM Santo Tirso de 1947

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