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Edição 641

Crónica: Das Escolas Primárias:1917/18

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(Fonte: Actas da Câmara Municipal de Santo Tirso. Livros 27 e 28)

Sessão de 22 de Janeiro de 1917:
– Autorizado o pagamento a António de Oliveira Correia, de São Romão, da quantia de trinta escudos, importe da renda de casa da escola da mesma freguesia, respeitante ao ano findo.

Sessão de 12 de Fevereiro de 1917:
– Um ofício da professora de São Martinho de Bougado, Dona Maria da Luz da Costa Macedo, comunicando que foi provida à segunda classe, a contar de vinte e um de Janeiro de mil novecentos e dezasseis, como consta do Diário do Governo número quatro, de cinco de Janeiro findo. Mandou-se pagar depois de verificar o respectivo despacho.

Sessão de 18 de Junho de 1917:
– Um ofício do Inspector Escolar de Paços de Ferreira comunicando que os professores do Muro propõem a alteração do horário escolar de harmonia com os desejos dos pais dos alunos para as oito às doze horas, e pedindo para que se lhes diga se há conveniência ou inconveniência nessa alteração. A Comissão deliberou comunicar que não há inconveniente algum.

Sessão de 22 de Outubro de 1917:
– Um ofício da professora Dona Maria da Luz da Costa Macedo pedindo noventa dias de licença por motivo de doença. Concedida. A Comissão nomeou Dona Albina da Silva e Sá professora interina para a freguesia de São Martinho de Bougado, em sua substituição.

Sessão de 11 de Março de 1918:
– Um ofício da professora de Alvarelhos, Dona Maria dos Prazeres Rodrigues, pedindo mais trinta dias de licença, por motivo de doença, o que prova por atestado médico. Foi deferido.
– Deliberado elevar de cinquenta para sessenta e cinco escudos a renda da escola do sexo masculino e habitação do professor de São Mamede de Coronado por exigência, que a Comissão achou justa, do respectivo proprietário.
Sessão de 30 de Setembro de 1918:
– Um ofício da professora oficial de São Mamede de Coronado, Dona Márcia dos Anjos, participando que, por despacho de cinco do corrente, foi rectificada a sua promoção à primeira classe, e pedindo para que esta Câmara ordene o pagamento da diferença de vencimento, deste o dia vinte de Março, daquela promoção, a trinta de Junho de mil novecentos e dezassete. Foi mandado pagar.

Sessão de 18 de Novembro de 1918:
– Um ofício do inspector escolar de Paços de Ferreira, rogando o informe da data do arrendamento das casas onde funcionam as escolas de Água Longa, Rebordões, Burgães e Alvarelhos, femininas. Como as duas últimas estão instaladas nas residências paroquiais, é necessário declarar o nome do Presidente da Comissão Administrativa dos bens das igrejas, a favor de quem deve ser processada a referida folha, e informando que sem estes esclarecimentos não são abonadas as respectivas rendas de casa. Mandou-se satisfazer.

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Comissão Municipal Administrativa de Santo Tirso (25 de Março de 1918):
Presidente – Manuel Joaquim da Costa Cruz, de Santiago de Bougado
Vice-Presidente – Doutor Francisco Coelho de Andrade
Vogais:
– Agostinho Moreira Assunção, de São Mamede de Coronado
– Luís de Sousa Cruz
– Padre António Gonçalves de Azevedo Júnior
– Manuel Gil dos Reis Dias de Carvalho Ferreira
– Joaquim Machado da Cunha Faria e Almeida

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Edição 641

Crónica: O primeiro teatro em S. Martinho de Bougado

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A Trofa na década de vinte do século passado, ia se tornando aos poucos e poucos uma referência a nível nacional na industrialização e via no seu berço a ser realizada uma verdadeira revolução. As chaminés das fábricas iam rasgando o céu, recebia em massa pessoas de outros concelhos e vilas do país e tinham de surgir as estruturas de apoio ao lazer operário para apoiar esse enorme movimento demográfico.
No ano de 1925, escrevia-se na imprensa local de Santo Tirso que a freguesia de S. Martinho de Bougado precisava de um centro para as pessoas se divertirem, uma casa de diversões, onde os trofenses e sobretudo os que visitavam a Trofa se pudessem divertir e a passar serões animados. Relatando que era comum em Santo Tirso haver teatro.
Um mês depois, em julho de 1925, relatada no Jornal de Santo Tirso, na festa da inauguração do teatro referência que o espaço era um enorme armazém, pertença de José da Fonseca Sampaio havendo um enorme movimento de pessoas e de automóveis. Um armazém com dois pisos, destacando o papel de Camilo Augusto Vieira como um dos maiores responsáveis para que a Trofa tivesse teatro.
Um espaço com muita luz natural, tendo no seu pano de centro representada a Ponte Pênsil e ficando aquele espaço denominado como Teatro Ideal Trofense.
Posteriormente, seria fundada uma companhia de teatro para depois os lucros da exploração dos seus espetáculos ser utilizada para a criação de um quartel de bombeiros e uma bomba para incêndios, contudo rapidamente acabaria por cair no esquecimento esse objetivo, descrevendo essa situação na imprensa em janeiro de 1926.
O sonho do teatro acabaria por morrer na mesma época, a renda do espaço era de 400 escudos, a receita de bilheteira não deveria ser enorme, acabando por falir a companhia, realizando uma assembleia geral de trabalhadores que acabaram por encerrar o teatro no domingo seguinte e leiloar os móveis e cenários. Uma curta odisseia de apenas 6 meses de existência.
Posteriormente e após este encerramento a Trofa iria receber a sua nova casa de espetáculos no topo do Parque Nossa Senhora dos Dores, próximo ao entroncamento entre a Rainha Santa Isabel e a Avenida Mosteiró que acabaria por ser pasto para as chamas e só num terceiro nível é que o Teatro Alves da Cunha se tornou uma realidade na Trofa.

1 “Inauguração do Teatro”
Jornal de Santo Tirso,
julho 23, 1925

2 “Trofa”
Jornal de Santo Tirso,
janeiro 14, 1926

3 “Trofa”
Jornal de Santo Tirso,
janeiro 14, 1926

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Crónica: Glória aos vencedores e honra aos vencidos

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Desde o dia 25 de abril de 1974 até ao dia 1 de outubro de 2017, decorreram mais de 43 anos e os portugueses foram chamados a votar livremente, por 44 vezes em diversos atos eleitorais, 11 das quais em eleições autárquicas. Em eleições livres e democráticas, os votos depositados por cada cidadão eleitor na urna são emprestados aos candidatos que concorreram às eleições e foram eleitos, com a obrigatoriedade de gerirem o melhor possível esse voto, no período e no cargo que vão exercer ao longo do mandato.
É assim em democracia e, como não podia deixar de ser, também assim aconteceu nestas eleições autárquicas 2017 em que foram eleitos centenas de presidentes de câmara, alguns milhares de vereadores, muitos milhares de deputados municipais, cerca de três milhares de presidentes de junta de freguesia, milhares de executivos da junta de freguesia e largos milhares de membros da assembleia de freguesia. Nestas eleições autárquicas foram eleitos cerca de 36 mil autarcas.
Num Estado de Direito, livre e democrático, a democracia tem custos elevados e não vive sem as eleições. Estas eleições autárquicas 2017 custaram aos cofres do estado mais de 46 milhões de euros, divididos por cerca de 38 milhões de euros para financiar as candidaturas em função dos resultados e perto de 8 milhões de euros para custos operacionais, como por exemplo: verbas pagas aos membros das mesas, tempos de antena, boletins de voto, aquisição e distribuição das urnas de voto e serviços de informação.
Em média cada autarca eleito nestas eleições autárquicas 2017 custou perto de 1.300 euros e a todos eles é exigido educação, simpatia, honestidade, rigor, humanismo, competência, cultura cívica e democrática, pois não há democracia sem democratas. Os autarcas não devem azucrinar a vida das pessoas, pois foram eleitos para zelar pelos interesses das populações e para cumprirem as promessas apresentadas nos seus manifestos eleitorais ou em campanha eleitoral.
Quem ganhou as eleições tem o dever democrático de respeitar aqueles que perderam, pois em democracia é tão importante quem está no poder como quem está na oposição. Quem estiver no exercício legítimo do poder que saiba respeitar o lugar que ocupa e quem estiver no lugar também legítimo de oposição que saiba dignificar o cargo para que foi eleito.
Por isso glória aos vencedores e honra aos vencidos. Aqueles que ganharam as eleições, que vão estar em cargos do poder devem respeitar a oposição e aqueles que perderam as eleições saibam honrar o papel digno e honroso da oposição. O que se exige aos eleitos é que os vencedores saibam ganhar e os vencidos saibam perder. A democracia assim o exige. A bem de todos!

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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