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Ano 2006

Comemorações do 25 de Abril

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Ouvir “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho e Grândola Vila Morena“ de José Afonso é lembrar a Revolução de 25 de Abril de 1974.

E foi ao som destas e de outras musicas evocativas da revolução que ontem um grupo de trofenses se juntou, nas instalações da Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado para relembrar o fim da ditadura, naquele que é por muito chamado o Dia da Liberdade. Ao contrário do que acontece em muitos concelhos vizinhos, na Trofa não é a autarquia que organiza as comemorações da Revolução, mas sim um grupo de cidadãos anónimos que não quer ver morrer Abril.

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Assim e depois de ouvir o grupo musical Contra Corrente- FábricaTeatral, decorreu uma sessão solene evocativa da Revolução que teve como orador convidado Avelino Gonçalves, que foi ministro do Trabalho do primeiro Governo e deputado constituinte. Natural de Santiago de Bougado, Trofa, Avelino Gonçalves recordou as privações porque passaram os portugueses por alturas da 2ª Guerra Mundial, o racionamento de alimentos e bens de primeira necessidade, as filas às portas das padarias e a miséria.

Avelino Gonçalves fez uma retrospectiva dos acontecimentos que conduziram à chamada Revolução dos Cravos, apelidando esta como una “luta de classes intensa, pois os banqueiros e grandes capitães da industria não cederam o seu poder sem luta”. Para o ex-ministro “cumprindo a Constituição cumpriremos Abril e assim trabalharemos pela felicidade dos portugueses, pelo progresso do Pais, pela causa da Paz”acrescentando que “mantenho uma convicção inabalável na necessidade e possibilidade da sociedade progressiva, justa, fraterna, igualitária e solidária com que sonhamos no 25 de Abril de 1974”, rematando com um viva à Revolução.

Por seu lado Victor Augusto, da comissão promotora, frisou a importância da revolução apelando a todos para que “não deixem esquecer Abril e as suas conquistas “não vamos deixar que esta revolução saia das ruas..

Por seu lado José Sá, presidente da Junta de S.Martinho de Bougado congratulou-se com as comemorações do 32º aniversario salientando que “foi com a revolução de Abril que Portugal passou a viver em democracia, pois nestes 32 anos o nosso pais continua a viver em democracia” deixando uma palavra de apreço aos membros da comissão promotora das comemorações de Abril que não deixam morrer esta data”, concluiu.

Já António Pontes, vice-presidente da autarquia deixou uma palavra de reconhecimento aos organizadores destas comemorações, quer pela qualidade do programa cultural, quer pela preserva de Avelino Gonçalves. “O 25 de Abril trouxe-nos a conquista da Liberdade, do poder autárquico local e sobretudo uma revolução cultural, sobretudo na música, literatura e teatro”, concluiu.

De salientar que poucos foram os que marcaram presença nesta sessão, talvez por desconhecimento mas, na noite de 24 de Abril muitos foram os que não faltaram ao espectáculo musical que teve lugar no Largo de S.Martinho.

Depois da sessão solene seguiu-se ainda um almoço comemorativo da revolução.

 

 

A Revolução dos Cravos

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O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).

O cravo tornou-se no símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

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