Trofa
Começou julgamento por esquema de mais de um milhão peças automóveis furtadas
Teve início esta quarta-feira, 4 de junho, no Tribunal de Matosinhos, o julgamento de um dos maiores casos de furto e armazenamento ilegal de peças automóveis em Portugal.

Teve início esta quarta-feira, 4 de junho, no Tribunal de Matosinhos, o julgamento de um dos maiores casos de furto e armazenamento ilegal de peças automóveis em Portugal, ocorrido em 2017, que envolve mais de um milhão de componentes provenientes de cerca de 300 viaturas de gama média e alta, com um valor estimado em cinco milhões de euros.
As peças foram encontradas em três pavilhões localizados em S. Romão do Coronado, no concelho da Trofa, na sequência de uma megaoperação da Guarda Nacional Republicana, levada a cabo pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Santo Tirso.
A operação teve início a 18 de fevereiro de 2017, após a descoberta de peças automóveis suspeitas num pavilhão situado em Fornelo, Vila do Conde. O espaço, anteriormente utilizado como aviário, foi arrendado por um empresário da Trofa e estava a servir de armazém. A partir daí, as diligências da GNR estenderam-se a outros dois armazéns em S. Romão do Coronado, onde foram encontradas peças de centenas de viaturas furtadas nas regiões Norte e Centro do país.
Os militares da GNR levaram cerca de dois meses a identificar e catalogar as peças, um processo minucioso que permitiu associar muitas delas a veículos furtados através dos números de chassis.
Para além da operação terrestre, foram ainda realizadas buscas no Rio Ave, com o apoio de mergulhadores da GNR vindos de Lisboa, numa tentativa de localizar possíveis peças ou material descartado.