Armenio Ganga é o candidato do Chega à freguesia de Covelas e promete “tolerância zero à poluição”

Armenio Ganga foi apresentado como o candidato do Chega à Junta de Freguesia de Covelas, num jantar de apresentação de candidaturas, que decorreu a 26 de julho. No seu discurso, o candidato traçou um plano ambicioso para a freguesia, centrado em quatro eixos principais: ambiente, demografia, dignidade e cultura.

Logo no arranque, Ganga foi perentório: “Tolerância zero à poluição.” Denunciou o que considera ter sido o abandono de Covelas ao longo de décadas, afirmando que a freguesia foi tratada como “um quintal esquecido nesta região”. A promessa é clara: “Acabou os aterros. É isto que vai terminar. Essa preocupação vai deixar de existir.”

Para garantir uma fiscalização ambiental permanente e participada, o candidato propôs a criação de um Observatório Ambiental Cívico, que será, segundo ele, gerido pelos próprios habitantes e terá como missão monitorizar a qualidade do ar e da água da freguesia.

No plano social, Armenio Ganga manifestou preocupação com a perda populacional de Covelas, referindo que a freguesia perdeu 6,5% da sua população entre 2011 e 2021 — uma quebra “seis vezes superior à média do concelho”. Para contrariar esta tendência, anunciou o Programa Raízes, com incentivos fiscais à reabilitação de habitação e a criação de um gabinete de apoio ao empreendedorismo, destinado a fixar jovens e famílias.

Outro compromisso assumido foi o da dignidade básica: “100% de cobertura de água e saneamento durante o nosso mandato”, garantiu. “Antes de tirar fotografias e inaugurar parques infantis, temos de garantir as condições básicas de vida dos habitantes de Covelas.”

Por fim, Armenio Ganga defendeu que a cultura deve ser o motor do desenvolvimento económico local. Com o programa Cobelas 365, pretende valorizar eventos como a romaria de São Gonçalo e o Caminho de Santiago, criando uma rota gastronómica e um centro de acolhimento, com o objetivo de dinamizar a economia local e criar empregos.

“A nossa terra tem tesouros que têm de gerar riqueza”, concluiu, acusando os atuais responsáveis autárquicos de falta de visão, ambição e competência.