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Edição 693

António Costa e a narrativa dramática

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O monarca do reino socialista decidiu colocar em prática todos os seus conhecimentos da arte de bem cavalgar e cavalgou destemidamente sobre todas as ondas parlamentares, que se desfizeram na praia da hipocrisia e da mentira. António Costa conseguiu sair da narrativa socrática, que utilizou nestes quatro anos de governação, para implementar a narrativa dramática, ao seu melhor estilo artístico e matreiro.

Este “artista” da cena política portuguesa, como sente que o seu partido está a perder eleitorado em cada dia que passa e como há eleições europeias à porta decidiu fazer um golpe de teatro, com a questão dos professores, e criou uma confusão na política doméstica fabricando um caso político de vitimização para enganar os portugueses. Foi um número artístico de puro ilusionismo, para esconder as debilidades da “geringonça” e abafar outros casos bem graves.

Com a sua longa vivência no mundo da política, que já vem da adolescência, Costa conseguiu ludibriar tudo e todos, ao conseguir que se falasse apenas da questão dos professores, quando se falou demais do seu golpe de teatro afirmando que se demitia de primeiro ministro, porque lhe dava muito jeito para encenar a sua tática partidária. Mas ninguém falou da incapacidade governamental em negociar o congelamento das carreiras dos professores, muito menos se falou, nem se fala, das 116 pessoas que morreram nos incêndios no nosso país.

Com as suas matreirices habituais, Costa passou ao lado do gravíssimo problema dos incêndios, assim como já pouco se fala ele ter sido o número 2 do governo que levou o nosso país à bancarrota, o governo de José Sócrates. Foi este malfadado governo socrático, que congelou a carreira dos professores há mais de nove anos (9A 4M 2D – nove anos, quatro meses e dois dias) e que originou toda esta situação política.

A matreirice, a “habilidade saloia” e a hipocrisia de Costa são tão grandes que levou o seu partido, em dezembro de 2017, a votar na Assembleia da República a favor da contagem total do tempo de carreira dos professores. Já recentemente, a Assembleia da Republica aprovou, com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP, a recuperação de um pouco mais de dois anos (2A 4M 18D – dois anos, quatro meses e dezoito dias) em que a carreira dos professores foi alvo de congelamento.

A estratégia de trocadilhos na comunicação, em que Costa é especialista, para além de fabricar casos políticos de vitimização, também consegue esconder ou abafar casos bem graves que se passam na governação do nosso país. Há pessoas doentes, em hospitais públicos, que morrem por não terem sido feitos exames, em virtude de não haver dinheiro, mas também a pouco tempo do aumento do nível de perigo dos fogos, os satélites de comunicações podem ser desligados por falta de pagamento do governo. Mas Costa não fala destes casos, nem de muitos outros, também graves, que afetam a vida dos portugueses.

moreira.da.silva@sapo.pt
www.moreiradasilva.pt

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Edição 693

António da Costa Ferreira (1879-1937): Um dos primeiros empreendedores trofenses do Século XX

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António da Costa Ferreira nasceu a 14 de maio de 1879, no Paranho, freguesia de São Martinho de Bougado. Era filho de António da Costa Ferreira e de Maria da Costa Dias. Descendente de pais humildes – o pai foi emigrante no Brasil -, nasceu para o progresso e prosperidade da sua terra.

Fez-se comerciante. O pai tinha-lhe deixado uma loja de mercearia que ele alargou a fazendas e miudezas. Entretanto, como as fazendas não se vendiam, resolveu contratar um alfaiate. Estabelecido o alfaiate, começou a vender. Como havia nesta região apenas uma fábrica e era de serração, resolveu arriscar. Primeiro fundou a empresa com dois sócios- Manuel Campos e Alfredo da Costa Peniche- e deu-lhe a designação de Costa, Campos & Ferreira e destinava-se a fabrico de chapéus de feltro. Esta fábrica situava-se na zona do atual Largo Costa Ferreira e foi inaugurada em 1 de setembro de 1913.

A seguir, ajudou (em 1922) a fundar a Moagem- a terceira fábrica em São Martinho de Bougado -, na Avenida de Paradela. E finalmente, esteve ligado, nesta região, a uma fábrica de Tecidos e Serração, situada junto à Avenida de Paradela, cujo nome se designava por Monteiro, Carvalho & Portela.

Casou com Francelina da Silva e Sá, também natural de São Martinho de Bougado.

António da Costa Ferreira era um homem justo e extremamente sensível à necessidade do próximo. Foi um dos fundadores do Clube Trofense. Chegou a vereador e até a vice-presidente da Câmara de Santo Tirso.

Quando ainda não havia movimentos ambientalistas, ele foi um dos que se opôs ao abate de centenárias árvores (plátanos), junto à ponte do Rio Ave (Santo Tirso), erguendo a sua voz, determinada e persuasiva, nestes termos: “-O quê?… Destruir aquilo que demorou tantos anos a criar? Não. Não pensem nisso. Cuidem de plantar mais, isso é que é necessário.”

E os plátanos ainda hoje lá estão… velhinhos. Foi também um dos grandes impulsionadores e defensores da abertura da agora chamada Avenida de Paradela.

Costa Ferreira era um político republicano convicto, mas punha a amizade entre as pessoas à frente do credo político. Como grande visionário que era, e crente num futuro promissor para a Trofa, era voz corrente(vox populi) ao longo dos anos setenta, oitenta e até noventa do século passado, de que a sua casa , construída no largo que agora tem o seu nome, fora concebida e predestinada para os futuros Paços do Concelho… da Trofa.

Este bairrista trofense faleceu a 17 de março de 1937, antes de completar a sua obra: deixou por acabar a obra planificada e projetada de alindamento, leia-se, arborização do Parque de Nossa Senhora das Dores, assim como já não teve tempo de construir o hotel que chegou a elaborar em projeto.

António Costa

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Casa cheia na apresentação do “Voluntariado pelo mundo”

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Foi num ambiente intimista e de partilha de vivências que Silvano Lopes apresentou o livro “Voluntariado pelo Mundo”, a 3 de maio, na sede do Clube Slotcar da Trofa.

Foi com a casa cheia e entre dois amigos de longa data, João Mendes e Francisco Barros, que Silvano emocionou a plateia com as histórias que viveu nos países onde fez voluntariado, Camboja, Guiné-Bissau e Quénia, terras longínquas, onde a água potável e a eletricidade são considerados bens de luxo.

A pobreza extrema esteve sempre presente em todas as missões realizadas pelo trofense, que partiu com o principal objetivo de fotografar as disparidades que existem entre o os países em vias de desenvolvimento e a Europa, para que essas imagens pudessem ajudar a divulgar o trabalho das associações que apoiam as comunidades dessas nações e, quem sabe, despertar mentalidades.

Ao longo da apresentação, Silvano contou que, em todas as missões que abraçou, vivia da mesma forma e comia exatamente o mesmo que os habitantes locais, documentando que quando chegavam, os voluntários eram recebidos como “reis” e imediatamente a comunidade lhes oferecia a comida, que, em sinal de respeito, aceitavam. “Experimentei larvas e gafanhotos. Eu gostava muito das larvas. São parecidas com as tripas”, referiu, causando alguma agitação e muitos sorrisos na plateia.

Entre risos de nervosismo e alegria pelo momento que estava a viver a apresentar o livro, o trofense confessou que foi uma enorme dificuldade compor o livro, visto que nunca teve esse propósito e uma vez que sua memória e sentido cronológico “falham bastante”. No entanto, adotou o conceito de “registo fotográfico”, que acabou “ilustrado com palavras” do amigo e escritor João Mendes, que aceitou de imediato esse desafio.

No meio da plateia a assistir, estava outro amigo de Silvano, Miguel, que também partilhou algumas das suas experiências de voluntariado com o público.

No final, foram várias as pessoas que compraram o livro e se deixaram contagiar pelas histórias de quem ajuda os outros.

O livro, editado pela Chiado, é a primeira aventura de Silvano no mundo da escrita.

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Edição impressa do jornal O Noticias da Trofa de 23 de março de 2023

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