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Edição 680

A importância de uma pequena obra

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Não tenho por hábito elogiar qualquer buraco que se remende, qualquer passeio que se reabilite, qualquer estrada que se ajeite. Não que estas pequenas obras não tenham importância, é claro que têm, mas porque essa é uma das funções de quem se propõe governar uma freguesia ou uma autarquia, sendo devidamente remunerado, bem acima da média, para o efeito. É, portanto, a obrigação desta gente, não um favor que nos fazem.
Percebo, naturalmente, que os militantes dos partidos no poder, em particular os que procuram emprego ou a oportunidade de uma vida larga, considerando a realidade portuguesa na qual os salários tendem a ser inferiores a 1000€, sintam necessidade de fazer claque para os seus chefes partidários. Quanto mais os pompons abanam, maior a possibilidade de se conseguir um bom lugar ou um generoso ajuste directo. A malta das jotas que o diga!
Contudo, o tema que hoje vos trago diz respeito precisamente a uma dessas pequenas obras, que quem se propõe governar tem mais do que obrigação de fazer e não esperar palmadas nas costas, porque, repito, esse o seu trabalho, não um favor que nos fazem. Trata-se de um pequeno estacionamento que está a nascer na Rua Monge Pedro, que desemboca na Rua São Martinho, em frente à Igreja Matriz da Trofa, junto à residência paroquial. E sinto-me na obrigação de escrever sobre ele por ser um tema sobre o qual protestei inúmeras vezes, por motivos óbvios.
Este novo estacionamento é particularmente importante por vários motivos. Em primeiro lugar porque permitiu alargar uma rua até então demasiadamente estreita, regra geral entupida em dia de importantes cerimónias religiosas, que se sucedem na Igreja Velha e no cemitério ali ao lado. Em segundo porque o próprio piso da rua, bastante acidentado, foi também reabilitado, melhorando a circulação e a “saúde” dos veículos que por ali passam. Em terceiro lugar porque aquela zona ganhará nova vida em breve, assim que o grupo Vigent se instalar na antiga Ráfia, e necessitará de mais aparcamento.
Porém, existe um quarto aspecto, a meu ver o mais relevante, que diz respeito à balbúrdia que por ali se vive diariamente. Conheço-a bem porque vivo ali, não me afecta directamente porque tenho lugar de garagem, mas não deixa de me irritar a falta de civismo de quem por ali estaciona como quer, não raras vezes no meio da faixa de rodagem, sem que a acção da Polícia Municipal, em tempos tão activa em zonas como a Rua Conde São Bento, se faça sentir, o que de resto não admira, não tivesse este executivo corrido com a maioria deles, sobrando apenas um efectivo de três agentes.
A situação do largo no início da Rua Monge Pedro, em torno do cruzeiro que lá se encontra, é vergonhosa, perigosa e uma demonstração do pior que a falta de civismo tem. Sempre assim foi, pelo menos desde que me lembro e, garantidamente, desde que para ali me mudei há quase dez anos, e nada, absolutamente nada, foi até agora feito para minimizar o problema, apesar da quantidade de serviços públicos, e não só, que se concentram naquela zona.
Espero, sinceramente, que o aumento do estacionamento no local, proporcionado por uma obra que não acontece por acaso e que coincide com a recta final das obras nas novas instalações da casa-mãe da Brasmar e da Metalogalva, ajude a solucionar o problema do estacionamento naquela zona, apesar do natural cepticismo de quem diariamente observa o amontoar de carros no meio da estrada, em frente à conservatória, quando na Rua Engenheiro António Dias da Costa Serra sobram lugares de estacionamento. E saúdo a obra, que farto de ver os meus impostos pagarem ajustes directos suspeitos e cargos para dirigentes da JSD estou eu.

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