Trofa
CENFIM assinala 40 anos a ajudar indústria a crescer
O diretor do núcleo da Trofa, Adelino Santos, sublinhou que o evento foi também uma oportunidade para “abrir as portas às empresas e mostrar a evolução do centro ao longo destas décadas”.

A oficina é a sala de aula e as máquinas são ferramentas de aprendizagem. É assim há quatro décadas no CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica. No núcleo da Trofa, a celebração da efeméride coincidiu com o 37.º aniversário da sua implementação no concelho e foi assinalada com uma sessão aberta a parceiros, empresários e instituições, para mostrar a evolução da formação profissional num setor que continua a ser um dos motores da economia nacional.
O diretor-geral do CENFIM, Manuel Grilo, sublinhou a importância da formação profissional como “motor do desenvolvimento”. “Temos sido um grande sustentáculo da indústria metalúrgica e metalomecânica. Costumo dizer que, sem nós, a indústria seria outra”, afirmou, acrescentando que “são já muitos milhares de postos de trabalho qualificados pelo CENFIM para ingressar no setor”.
O núcleo da Trofa, criado há 37 anos, é atualmente o maior do país em dimensão e atividade. “Começámos com instalações modestas e hoje é o nosso ex-libris”, referiu Manuel Grilo.
O diretor do núcleo da Trofa, Adelino Santos, sublinhou que o evento foi também uma oportunidade para “abrir as portas às empresas e mostrar a evolução do centro ao longo destas décadas”. “Celebramos 40 anos do CENFIM e 37 anos de implementação na Trofa. Reunimos empresas, associações, formadores e parceiros institucionais, porque todos fazem parte deste percurso”, afirmou.
O responsável destacou ainda o papel do CENFIM na resposta à escassez de mão de obra especializada. “Há uma procura muito grande por técnicos qualificados. Falou-se que os robôs iam tirar trabalho, agora fala-se da inteligência artificial, mas a verdade é que continua a haver muita necessidade de técnicos. O nosso papel é formar pessoas preparadas para os desafios atuais”, referiu.
Entre as entidades convidadas esteve também o diretor do Centro de Emprego de Santo Tirso e Trofa, Manuel Domingos Sousa, que destacou a importância da parceria entre o IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) e o centro de formação. “O setor metalomecânico é tradicional, mas é também um setor de futuro. O CENFIM prepara jovens e adultos para acrescentar valor às empresas, tornando-as mais competitivas”, afirmou, lembrando que o trabalho de requalificação profissional é uma aposta estratégica.
“Não podemos olhar só para os jovens e para os desempregados. A aprendizagem ao longo da vida é essencial para o desenvolvimento económico da região”.
A sessão contou ainda com uma palestra do empresário José Manuel Fernandes, fundador da Frezite, que enalteceu o contributo do CENFIM para a competitividade das empresas e para o crescimento do setor na região.
Do CENFIM da Trofa continuam a sair técnicos de maquinação e programação CNC, de manutenção industrial, de desenho de construções mecânicas ou de soldadura — profissões antigas que se reinventaram com a tecnologia. Quatro décadas depois, o lema do centro mantém-se atual: “Fazemos a indústria acontecer.”